quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Viajando com o cachorro de avião - parte 3: o dia da viagem

Estava completamente maluca, babando espuma e a ponto de matar alguém. Além de todas as preocupações normais de uma viagem internacional eu ainda estava temendo ser a responsável por qualquer coisa de ruim que poderia acontecer ao meu cachorro durante a viagem, mesmo que a culpa não fosse minha (porque no fundo eu achava que seria, já que ele estava viajando por minha causa).

Segui todas as recomendações da empresa despachante, cortei a comida, dei uma voltinha pra ele esvaziar a bexiga e preparei a caixa, onde ele entrou só na última hora. Seguimos para o aeorporto sem problemas (trânsito incrivelmente amigável!) e, quando estávamos quase chegando, liguei para um dos despachantes que me encontraria no setor de cargas, conforme também havia sido instruída.

A explicação de onde encontrar o maldito setor de cargas foi a pior possível e não conseguiria explicar direito para ninguém. Sei que depois de muitas voltas, quase entrar em lugares proibidos e perguntar para algumas pessoas, encontramos o tal lugar. Piorando um pouco a situação, só um carro poderia seguir e ainda queriam que fossem só eu e o cachorro (isso não foi possível porque eu não sei dirigir, hehe). Tivemos problemas para tirar a caixa do carro porque o porta mala emperrou e o tiozinho da segurança já estava implicando porque estávamos demorando demais lá dentro, argh!

No fim tiramos o Luke de lá, dei a super volta até onde tinha uma rampa que dava acesso ao lugar onde ele ficaria, desmontamos e remontamos a caixa. O despachante colocou os adesivos exigidos (sobre a orientação da caixa, que se tratava de carga viva, que era um cachorro, meus dados, etc.) e os potinhos.


Ele ficaria esperando em uma salinha lá até o horário de ser colocado no avião, onde já havia um outro cachorro que seguiria no mesmo voo que o nosso (e pra piorar ele ainda iria dormir em um hotelzinho em Newark e seguir para Detroit, sozinho!). Lá estavam despachantes, funcionário da companhia aérea e funcionário do aeroporto que checava a documentação, que percebeu que faltava um carimbo em uma das vias do atestado internacional do Ministério da Agriculura. WHAT???

Sim, o veterinário que fez isso não viu, o despachante que foi lá não viu e o que estava lá comigo teve que correr até o terminal 3 (que ficava bem longe dali) para regularizar a papelada! Enquanto isso fiquei lá, com o Luke na coleira, conversando com uma despachante e o funcionário da United, que me deixaram bem tranquila. Eles disseram que é muito comum animais viajarem, que às vezes aquela sala ficava cheia de bicho que viajava desacompanhado e que realmente o que vai pra mídia são as histórias de horror. Também me adiantaram que chegando nos EUA dariam água, talvez oferecessem comida se fosse um voo maior que 12 horas e que até dariam uma volta com ele.

Depois de mais ou menos 1 hora, o despachante voltou, teve que recarimbar e assinar todas as vias por se tratar de outro veterinário mas que agora estava tudo certo. Luke entrou na caixa e eu teria que seguir pro meu check-in. Novamente acharam ruim que minha irmã ficou me esperando lá muito tempo. É chato, mas os caras devem ter muito medo de assalto de carga!

Quando entrei no avião, a primeira coisa que fiz foi perguntar para um comissário de bordo se ele teria como me avisar se meu cachorro estava dentro do avião. Ele foi muito solícito, decorou o acento onde eu estava e um pouco depois que a porta fechou ele veio me trazer um papel que o piloto recebe confirmando que os cachorros estavam lá. Ufa!


Acho que fiquei tão tensa e de repente relaxei quando vi que tudo parecia estar certo que dormi como nunca durante a viagem, coisa que geralmente não faço porque não consigo me ajeitar muito bem na poltrona!
Agora só faltava mais um pouco pra todo aquele auê terminar! >_<

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